Roger tem de entender. Hoje vivemos outro Brasileirão. Hora de reavaliar

O Campeonato Brasileiro é o mais disputado no Mundo. Equipes niveladas por baixo. Tabela desordenada, desumana, erros de arbitragem e "esquisitices" do extra campo, tornam a disputa em muitas, numa só. Cada fase é uma história. O que deu certo rodadas atrás, se torna equívoco, caso seja mantido. Verdadeiro Turbilhão, onde chegará, o que menos erros cometer. O grande "mistake" é imaginar ter encontrado a Fórmula Mágica e virar coelho.

Roger assumiu Grêmio com ideias novas, revolucionárias. Trouxe um ganho de qualidade. Surpreendeu e o Grêmio subiu. Hoje a fórmula mostra-se inadequada e, caso não sejam revistos conceitos, a tendência é cair pelas tabelas e nem Libertadores pegar.

Atitudes inexplicáveis passaram a nevoar o ambiente do Grêmio. Tiago virou aposta de Roger, com pitadas de teimosia. O rapaz falhou em quatro jogos. Determinadas falhas custaram pontos preciosos. Bruno só recebeu chance, depois de intervenção da Diretoria. Fernandinho mostrou ser jogador de segundo tempo. Conquistou oportunidade de sair como titular. Não aproveitou. Everton, contra o Corinthians, arrebentou. No jogo seguinte, Roger volta com Fernandinho. Nada aconteceu. Enquanto alguns atletas tem todas as oportunidades, Maxi Rodrigues é esquecido no Banco. Entra esporadicamente e não ganha ritmo de jogo. Lincoln, sensação no inicio do anos, simplesmente ignorado. As substituições são uniformes. Campeonato longo. Jogadores desgastados. Todos avisando ser necessário rodízio de descanso. Hoje atletas estouram por problemas musculares, que poderiam ser evitados. O time não se impõe na ARENA. Limita-se a tocar a bola, até perder e tomar contra ataques. Luan, de quem muito se espera, se esconde nas horas de decidir. No último jogo contra São Paulo, o desespero. Amontoado de atacantes. Ninguém no meio. Ficando por conta de Edinho e Wallace, a incumbência de armar. Verdadeira anarquia. Apaixonados defendem, dizendo que time correu e tentou. É futebol ou atletismo?

O Grêmio vem se arrastando nas últimas rodadas. Empate com a Ponte Presta em Campinas. Não jogou nada. Foi dominado. Resultado justo seria 3x1 Ponte. Cansado, andou em casa contra o Coritiba. ARENA cheia e um 0x0, que custou pontos preciosos. Contra o Figueirense um bom jogo em Florianópolis, vitória de 2x0. Belíssima apresentação, trouxe o detalhe: Os ditos titulares absolutos não jogaram. Contra o Goiás um 2x1, que não convenceu ninguém na ARENA. Time muito mal. Morto em campo. Em São Paulo, a melhor apresentação. Um grande 1x1 com o Corinthians. Mais uma vez os intocáveis titulares não estavam em campo. Contra o São Paulo, o bom senso mandava manter o time que empatou fora com o líder, mas lá vem os queridinhos, com cadeira cativa. Outro marasmo, da mesma forma que fez contra Coritiba e Goiás, mas, dessa vez, teve um adversário que sabe jogar. Derrota de 1x2, diante de 46 mil decepcionados torcedores.

Agora vem dois jogos fora. Incumbência de recuperar pontos perdidos em casa. Dá pra ganhar? Claro que dá. Mas pensando racionalmente, teria sido muito menos complicado, colocar equipe descansada contra o Coxa em casa, do que ter de encarar o Furacão na Baixada. Havendo dois tropeços, corremos o risco de estarmos fora de G4, já no domingo.

Passionais me chamarão de Corneteiro, mas será que irão desafiar a matemática? Nas últimas 6 rodadas, o Campeonato Particular dos 5 primeiros, números demonstram o que afirmo: "1º - Flamengo, 6 vitórias/14 gols pró/3 gols contra/18 Pontos - 2º Corinthians, 4 vitórias/2 empates/14 Gols Pró/5 gols contra/14 pontos - 3º Atlético MG 4 vitórias/1 empate/1 derrota/9 gols pró/5 gols contra/13 pontos - 4º São Paulo, 3 vitórias/1 empate/2 derrotas/8 gols pró/6 gols contra/10 pontos - 5º Grêmio, 2 vitórias/3 empates/1 derrota/6 gols pró/4 gols contra/9 pontos."

Na comparação, o Grêmio vem numa descendente. O mais assustador foram os adversários enfrentados. Dos seis, quatro lutam pra não cair. Hora de parar de pensar que estamos no caminho certo e voltar para a prancheta, antes que seja tarde. Continuo Gremista e ao lado do Grêmio, mas parem de dizer frase não condizente com a realidade. Essa de Gremista na vitória e na derrota, é coisa do passado. Ultimamente é ser gremista na derrota e na derrota. São anos na fila e o medo é colocar mais um, nessa triste verdade.

Sou Gremista desde Piá. Acompanhei o Grêmio por esse Brasil. Não acredito no Torcedor que brinca de faz de contas. Amar não é concordar com tudo. Quero o Grêmio vencedor de volta. Vê-lo dando a volta olímpica e não terminar 2015, tendo como única conquista, um 5x0 num GRE NAL. Muito pouco, para a grandeza desse Clube.