Pensando com o coração. Pertenço ao grupo que acredita serem os animais, a essência da ingenuidade, lealdade e dignidade, a muito abandonadas pelo Ser Humano.
Totalmente desprovidos de ganância ou egoísmo, seguem o instinto nato no Universo Animal.
Em condições normais, seres 100% confiáveis. Existem os inofensivos, os nocivos e os peçonhentos. Cada um na sua espécie, desprovidos de falsidade, mostram a todos a que grupo pertencem.
Ter um animal de estimação, certeza de jamais viver em solidão e poder contar com carinho e amizade.
No meu caso, chegar em casa e não ser recebido por Léloli, Mimi gatinhas) ou Marquinha (tartaruga), não teria a mesma beleza.
Lembro com saudades de Gaspar. O Pastor Belga, amigo para todas as horas, que nos deixou em maio de 2015. Em memória a Gaspar, peço licença para opinar sobre a polêmica, fogos no Reveillon.
O sofrimento do pobre, causava angústia. Sabemos da capacidade da percepção auditiva do Universo Canino. O som de fogos se transforma em martírio insuportável. Muitas vezes levando o animal à loucura.
O ideal seria o banimento total da prática criminosa e impiedosa. A mídia veicula nome de cidades que, por pressão, cancelaram a queima no Reveillon 2015.
Sem dúvida iniciativa digna de aplausos, mas há muito o que analisar.
- Proibição de fogos para amadores. Cretinos, sem nenhuma prática, com cara cheia de cana, sem nenhum objetivo lógico, pondo em risco a quem os cerca, tanto na integridade física, quanto no patrimônio.
- Proibição de fogos para Cidades onde a prática não traz nenhum benefício, principalmente os ligados ao Turismo.
A que se avaliar:
- Cidades em que a queima de fogos traz benefícios a milhares de pessoas.
Não consigo imaginar o Reveillon do Rio de Janeiro, sem o show de fogos.
Fim de Ano no Rio, certeza de Hotéis lotados. Turistas domésticos e estrangeiros lotam a Cidade. Comércio bomba. Restaurantes e bares com filas de espera. Pontos Turísticos abarrotados de visitantes eufóricos, com vontade de levar lembrancinhas e souvenirs. Empregos para milhares. Garantia de um ganho, capaz de melhorar a vida do Cidadão de seus familiares.
O fenômeno não acontece somente no Rio. Inúmeras Cidades tem nos fogos do Reveillon, a tábua de salvação.
A simples proibição traria mais danos, do que benefícios, até mesmo para os animais.
Quantos cachorros passariam felizes com o silêncio conquistado, mas com a barriga vazia, por não terem seus donos, condições de comprar comida?
Grande impasse, como tal, não deve ser visto sob os olhos do radicalismo. Temos de avaliar os dois lados. Descobrir uma nova alternativa, capaz de viabilizar o fim dos Fogos, sem botar fogo na esperança de muitos.
Acredito numa terceira alternativa. Nada de continuísmo ou cancelamento arbitrário.
A tecnologia só faz evoluir. Impossível acreditar não haver possibilidade de se lançar fogos, capazes de impressionar com sua beleza, sem a necessidade de estouros, que lembram mais bombas detonadas em Guerras, do que mensagens de Paz e felicidade.
Até lá, o diálogo e a busca de soluções se fazem necessários, sem abandonar os hoje mais prejudicados.
Hora de pegar nossos amigos verdadeiros, cobrir suas orelhas, colocar música, deixá-los em locais que se sintam protegidos e oferecer uma ínfima parcela do o carinho, que deles recebemos.
Diante do pipocar de bombas de revoltas, cobranças e exigências, mais uma vez, vejo no diálogo, a solução.
Não existe problema indissolúvel, onde predomina a boa vontade.
SOFÁ DE POBRE DESEJA UM FELIZ 2016.
AGRADECE O APOIO RECEBIDO, O CARINHO DE SUA ATENÇÃO AO QUE DEFENDEMOS E SONHANDO COM FESTAS FELIZES PARA TODO O UNIVERSO ANIMAL.
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