Lula reconhece. Renúncia de Dilma é, para o PT, a opção menos ruim

Na última convenção do PMDB, filiados pediram a saída do Governo. A disputa foi voto a voto. Permanência decidida por diferença mínima, mas derrotados não aceitaram resultado. Hoje o PMDB está presente na liderança em três Poderes. Renan (Senado), Cunha (Câmara) e Temer (Vice Presidência). Na saída de Dilma, Partido herdaria as três cadeiras sucessórias.

Dilma hoje não tem mais como governar. Caso se mantenha, o País entrará em caos social, político e econômico. O grande pesadelo de Lula, no sonho de voltar ao Planalto. Na guerra entre os caciques do PMDB, PT virou expectador e Dilma figurante. Falar em Impeachment, falta de bom senso. Processo racharia o Parlamento e colocaria o País em pé de guerra. Resultado da inconsequência e ganância de Lula. Imbecil, que sem medir efeitos colaterais, plantou espírito de Luta Armada.

Lula hoje entende estar distante a chance de eleger-se Presidente. Hora de pensar em salvar o pouco que restou. Dilma renuncia. PMDB assume o comando, na promessa de criar mandato no sistema parlamentarista, sendo o País governado por um conjunto de forças, até as próximas eleições. Dependendo do andamento das negociações, na era pós Dilma, Lula poderia sonhar numa candidatura, com o apoio do PMDB. Em não sendo possível, vestiria o pijama de forma digna, tirando a Lava jato de seus fundilhos.

Caciques do PT resolveram lavar as mãos, pra não se comprometer. É perceptível o sumiço dos "graúdos". Fogem das câmeras e deixam coadjuvantes do Baixo Clero dando a cara à tapa, quando o assunto é defender o indefensável.

Conjecturas em cima de conjecturas. Possibilidades que se multiplicam. Soluções de hoje, que amanhã viram nada. Esse é o vulcão chamado Brasil de hoje. A única certeza, em meio da erupção, é a necessidade da saída de Dilma. Não que ela seja a culpada de tudo. Mas nessas horas se torna vital arrumar um Boi de Piranha. Na falta, serve uma Vaquinha de Presépio.