Mesmo os voos solitários chegam em algum lugar. Façamos de nosso Pais a Terra que sempre sonhamos viver...

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Torcedor da Dupla GRE NAL - Mutação - Da Raça Farroupilha à Ovelhinhas

Mais um ano. Sofá de Pobre não desiste de tentar chamar Torcida GRE NAL à razão.
Refrescando Memórias.
No passado, a Amplitude Modulada das Rádios Globo (Rio) e Bandeirantes (SP) viajavam pelo Brasil.

Norte do Paraná, invasão do som Paulista. Hoje na Região predominam torcedores de Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos.
Santa Catarina, se escutava mais a Globo (Rio). Torcida de Fla, Flu, Vasco e Botafogo são maioria.
No Rio Grande do Sul, Rádio Guaíba (Gaúcha) dominava. Praticamente a totalidade torcia pela dupla.
Com a chegada da TV, diferente do Rádio, transmissão tiraria público dos Estádios. Clubes exigiram compensação.
Rede Globo usou do seu Poder Econômico, procurou CBF, pagou por direitos e abocanhou exclusividade.
No início, benéfico a todos. No decorrer, máfias se formaram.


Pra valer o pago, a Globo teria de vender horários por grandes valores. Hora de chamar IBOPE, calcular audiência e valorizar horário. Níveis de audiência medidos apenas em Capitais.
O Brasileirão cresceu em interesse e fez surgir forças periféricas, fora do Eixo Rio/SP.
Para Emissora ficaria inviável pagar a todos de forma igual. Valor final chegaria números astronômicos.
Alternativa seria dividir Direitos com outras Emissoras. Totalmente fora de cogitação
Solução:
Valorizar de forma artificial a marca de poucos, criando falsa audiência.
Passou a obrigar suas Afiliadas a transmitir jogos determinados pela Matriz.
Mesmo com o surgimento da TV por Assinatura, IBOPE continuou a ser medido apenas em Capitais e na TV aberta. (Coisas de um País, que virou uma coisa).
CBF criou horário de transmissão e tabelas passaram a privilegiar Clubes.


Basta analisar.
Por regra imposta, quando Clube joga em casa, não é transmitido para sua Cidade.
A maioria dos jogos da Dupla GRE NAL longe de Porto Alegre, tabela coloca em dias e horários fora de grade de transmissão.
A Globo empurra goela abaixo de todos, jogos de Paulistas e Cariocas. Priorizando  Corinthians e Flamengo.
A artimanha cria audiência irreal e forçadas. Marcas mais valorizadas, recebem verba de transmissão maior.
Em paralelo, trabalha na sedução de novos torcedores. Criam mística em torno dos preferidos. Criança gosta de fazer parte do Grupo vencedor, tornando-se presa fácil.
Projeto a longo prazo. Com o passar do Tempo, determinados Clubes se tornam infinitamente mais ricos, com Torcidas Gigantes e fora de realidade dos demais. O mesmo que ocorre na Alemanha, Portugal, Espanha.


A propaganda em cima de Corinthians e Flamengo é abominável. A começar pelas torcidas.
A Geral do Grêmio revolucionou o torcer no Brasil. Hoje sua forma de torcer, a estilo Argentino, é copiada por todos. A Globo jamais chamou a atenção para o Espetáculo, muito pelo contrário.
Faz tudo para minimizar.
Uma das cenas mais emocionantes do Futebol Brasileiro é ver Torcedores Gaúchos cantarem Hino do estado, na Capela. A Globo sempre omitiu  som e comportamento em suas transmissões.
Narradores e comentaristas, proibidos de citar o fato.
Quando o assunto é Torcida do Flamengo ou Corinthians, entusiasmo vira o "S"..
Se torcedor soltar um "Pum", é grito de Guerra e demonstração inigualável de Paixão.
Absurdo chega a extremos. Procurem avaliar.
Quando Rubro Negros e Corinthianos jogam fora,  colocam o áudio da TV, só para as Torcidas deles.
Medíocre demais...
Imaginem Mineirão lotado em jogo entre Atletico MG x Corinthians. Só se ouve a Fiel.
Como se meia dúzia de  Paulistas, calassem a Fanática e vibrante Torcida do Galo.
Morei no eixo Rio/SP, por 35 anos. Nunca vi um Atle x Tiba, GRE x NAL, um BA xVI ou um Atlético (MG) x Cruzeiro, transmitido por lá.
Em compensação, Estados desses clubes tem de engolir overdoses de clássicos e jogos de Cariocas e Paulistas.


Lembro de um jogo do Grêmio, na semi final da Libertadores, quando Paulistas haviam sido eliminados. Na hora da partida, Globo transmitiu um enlatado americano para São Paulo.
Tudo pra não atrairi simpatizantes, para um Clube de outro Estado.
A doutrina é tão pesada, que Paulo Nunes, depois de ganhar Copa do Brasil, Campeonato brasileiro e Libertadores pelo Grêmio, se transferiu para o Palmeiras.
Jornalista da Jovem Pan perguntou ao atleta.
Como você se sente vestindo agora a camisa de um Grande Clube?
Paulo Nunes riu e respondeu.
Mas eu venho de um grande Clube.
Os mais acomodados, os felizes do sofá (o outro) com seu pay per caro, irão alegar, tentando justificar sua falta de Poder de reação e covardia:
- E contrato. Os Clubes aceitaram.
Discordo. Não foram os Clubes e sim Dirigentes.
Se aceitaram, hora de forçá-los a recuar. O fato de estarem lá, não é uma carta Branca para negociarem nossa Paixão e Direitos de Consumidores.


Fábio Koff, então Presidente do Clube dos 13, tentou acabar com essa Máfia. Sonhou em criar a Liga dos Clubes. Tirar a organização do Nacional das mãos da CBF e acabar com monopólio da Plin Plin.
Foi esmagado, inclusive com intervenção do Governo PT, que defendeu Bandeira de Ricardo Teixeira.




A maior característica de um Vencedor, é saber reconhecer o verdadeiro Inimigo.
Se não reverter o processo, daqui a alguns anos, o único título a ser sonhado para Equipes fora do Eixo, será o Regional ou  brilhareco em uma ou outra Copa.
Elencos caros custam.
Precisa-se de Elencos pra ganhar Campeonatos. Copas se pode conquistar com onze.
Façam um "retrô" dos últimos 20 anos e vejam quantas conquistas ficaram fora do Eixo.
Coincidência?
De quando vez, num lance fortuito, surgiram grandes e meteóricos Times. Grêmio de Felipão ou Cruzeiro de Marcelo Oliveira. Normal.
Na Espanha, por exemplo, Barça e Madri se revezam. Vez ou outra surgem um Atlético Madri ou um Valência, para 15 segundos de Fama. Não há continuidade, por falta de poder econômico, devidamente centralizado.

A cada ano a aberração se repete e me decepciono com os Torcedores do Rio Grande do Sul.
Prostrados, agem como se nada pudesse ser feito.
A diferença entre o arrecadado pelos Clubes não para de crescer e ficam as Torcidas nessa merda provinciana de GRENALISMO, enquanto se tornam cada vez menores.
A Rivalidade GRE NAL é a maior no âmbito Esportivo no Mundo
Barça e Madri, mistura Política.
Celtic x Glasgow, tem com religião.
Limitado ao campo de jogo, nada se compara ao GRE NAL.
GRENALISMO é o combustível dessa rivalidade, mas não pode cegar.
Fora do Campo, há interesses iguais. Questão de sobrevivência.
Chega de abaixar a cabeça. Aceitar como fato consumado. Pagar Pay Per e ser cúmplice por "Ovelhismo".


Somos ou não somos o Povoa Gaúcho. Aquele que faz a diferença?
O que nos interessa assistir Corinthians x Botafogo ou Flamengo x Palmeiras, se Grêmio ou Internacional estão em Campo?
Hora de mudar a situação.
Em dia de jogos sem transmissão de disputas de nossos Clubes, torcidas devem se unir com camisas, bandeiras e muita raça, ir à frente da RBS e cobrar.
Adversários eternos no campo, aliados na Guerra.
Pay Per?
É muito bom. Se alguém quiser ver jogos de fora, que pague. Acredito não ser esse o caso da maioria.
Ou alguém irá querer me convencer, que jogos de Corinthinas e Flamengo, tenham apelo maior no Sul, do que os da Dupla GRE NAL.
Hora do Riograndense lembrar do real significado de ser Gaúcho, de Sangue Farroupilha.

QUE SIRVAM NOSSAS FAÇANHAS...
DE MODELO À TODA TERRA.

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