Caso Livramento. Remédio com dosagem exagerada, efeito colateral previsível.

Juiza de Livramento está deslumbrada com holofotes e perdeu noção de realidade. A intenção é ótima, mas os métodos totalmente condenáveis. Mais uma demonstração de dois pesos e duas medidas da JUSTIÇA TUPINIQUIM

No Brasil, vagabundo rouba, estupra, mata e justiça vem em sua defesa. Fala de Direitos, questões sociais e que nada justifica truculência.

A União de Gays é um direito indiscutível, mas a aceitação de parte da Sociedade vem de um trabalho de conscientização, não de uso de força e abuso de autoridade.

CTGs tem seus dogmas. Não aprovo a todos, mas trata-se de uma questão secular, que deve ser tratada com inteligência, sutileza e a longo prazo.

A mesma Justiça que trata bandidos com delicadeza, chega com truculência à uma Comunidade e tenta obrigá-la a engolir conceitos via ordem judicial, como se possível fosse.

A atitude da Juíza tem efeito contrário. Fomenta ódio, indignação e preconceito. Ela deveria se preocupar em punir bandidos e não a se dedicar a questões sociais, que não fazem parte da esfera jurídica. Será que com todo o seu estudo, ainda não aprendeu que caneta não extermina preconceito?

Uma lástima. Anos de lutas e conquistas de Grupos Gays, jogados por Terra, só porquê uma Juiza não refletiu sobre a diferença entre o que ela acha certo e o possível, quando o assunto gira em torno do complexo ser humano. O resultado não poderia ser outro.

O que está em questão aqui não é o contra, nem o a favor e sim o bom senso. Quando ele sai de cena, a coerência vira cinzas.