Rima pobre. Rima rica. Crônica, verso ou prosa tanto faz.
Fundamental é o Brasil entrar nos trilhos e seguir seu caminho em paz.
Crianças seguram cadernos. Rumam para a escola. Prontas para empreitada.
A professora segue triste. Ganha pouco a coitada.
Da Indústria ecoa o apito. Chama o seu operário. Valoroso trabalhador.
O Zé Marmita reinicia a jornada. Com raça e valentia demonstra seu valor.
O salário também é nada. Rotina de vida sofrida. Já é fato consumado.
Ganhar bem nesse País. Só Traficante ou Deputado.
Peço desculpas pelo verso. Detesto injustiça. Acho ofensivo, um horrror.
Também ganha muita grana. Presidente, Ministro e Senador.
Realidade incoerente. Cruel, injusta e desleal. Confesso me deixar intrigado.
Há dinheiro sobrando prá politico. Mas não tem prá aposentado.
Tem muita gente roubando. Hora de chamar a policia. Prá prender essa cambada.
Prenda esses caras Presidente. "Não posso. Não vi nada".
Mas o País está bombando. É a afirmação da mídia. Lembra anos 70. A mesma fita.
O Povo ingenuo, coitado. Se ilude e acredita.
Manchetes de sucesso. Aplausos apenas pra Economia. Ao Presidente consagração.
Mas que crescimento é esse? O povo não tem saúde, segurança e educação.
Chega de conversa vuvuzelada. Recomeça a caminhada. Adeus sono profundo.
Viva o despertar do Brasil. Terminou a Copa do Mundo.
Retorna a agonia. Lula teima em nos empurrar Dilma. Trabalha abnegado, de segunda a segunda.
Assim o Mundo Gira. E o Brasil se Afunda.
Mesmo os voos solitários chegam em algum lugar. Façamos de nosso Pais a Terra que sempre sonhamos viver...
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