Quem viveu, viveu. Quem não viveu, venha viver.
Carnaval em Santa Terezinha. Pureza, inocência, espontaneidade.
A preservação da essência de nossa Maior Festa Popular.
Reza a Lenda.
Lá pelos idos do Ano 7, na distante primeira década do Século XXI, o Reino de Imbé, Litoral Norte do Rio Grande do Sul, se via dominado por Darcy I. Administrador omisso e desinteressado.
Bueiros a Céu Aberto, buracos, terrenos sujos e abandonados, animais soltos sujando as ruas e toda espécie de caos, transformavam o doce Reino, no Quadro Ilustrativo da Dor.
Na época, a principal Festa era o Carnaval. Nem essa expressão popular Darcy I incentivava.
O Reino era dividido em Provincias. Numa delas, quatro revolucionários, pertencentes a uma Banda de Rock (ritmo também cultuado), conhecido por Ratos D Praia, resolveram se libertar.
Diego Padilha, Everson Laute't, Claudio Almeida e Julio Padilha, empunharam instrumentos de percussão e sairam. Conclamando a População para um grande rebelião.
Claudio Almeida foi chamado por Deus, para animar Carnavais na esfera superior. Os que aqui ficaram, arrebanharam centenas de oprimidos. Gente que sufocava o grito de revolta e viu na iniciativa sua válvula de desabafo.
Nascia O Bloco Tico Mia. Lembrando o miado do gato Tico. Único som que se escutava até então, nas Fúnebres Noites do Carnaval Local
Seguidores se multiplicaram.
As noites, até então condenadas ao nada absoluto, se transformaram no mais puro extravasar de felicidade.
Hoje as pessoas contam os dias, para seguir o Tico Mia.
Tristeza deu lugar a Felicidade.
O unico problema é que os foliões não podem esquecer de fazer xixi, antes de sair de casa.
Nem banheiros públicos, a Administração se prontificou a colocar.
Tico Mia...Mais um exemplo de ser o Povo Brasileiro, infinitamente maior que aqueles que o governa.
A falta de apoio é marca registrada.
O impressionante é a mudança de postura, quando o Evento é outro. A CAVALGADA DO LITORAL.
Sr Paulo Dreyssig - 79 Anos - Frequentador de Santa Terezenha desde 1990. Afirma ser o último ano.
Outro a não aguentar mais o desrespeito da Administração, desistir e sair em busca de novos locais de veraneio.
Paulo, como é conhecido na praia ou Cuilo, apelido que o consagrou em brilhante carreira de jogador de Basquete, quando conquistou 4 titulos estaduais, atuando pelo Cruzeiro de Porto Alegre, se apresenta como o principal opositor aos critérios da Cavalgada do Litoral.
Afirma não combater o Evento e sim a forma que se realiza. Animais andando pela areia da praia. Sujando e destruindo o meio ambiente.
Segundo Paulão, hoje não se encontra mais Tatuiras, Maçambiques ou Caramujos e a causa é a poluição da areia.
Documentos foram enviados aos órgãos de Meio Ambiente e absolutamente nada foi feito.
O regulamento do Evento fala apenas em proteger a integridade dos animais. Nada coloca sobre a saúde do veranista, que dividirá espaço com dejetos ou atitudes comportamentais dos participantes.
Historiadores foram consultados e afirmaram:
- O evento nada tem com regionalismo. Não exite ligação entre campeiro e beira de mar. O que há por traz é um grande interesse econômico.
Cuilo não se coloca contra o folclore. Apenas deixa uma pergunta no ar.
- Porque a Cavalgada não acontece no asfalto, mantendo a integridade da areia, de nossas já abandonadas praias?
Boa pergunta.
Rio Grande do Sul. Folia, Folclore, Indignação.
Quando administradores passarão a respeitar nossas Tradições?
Basta um pouco de boa vontade e organização. Material Humano diferenciado temos pra dar e vender.
As Novas Gerações estão chegando. Deixemos um legado capaz de encher de orgulho nossos descendentes.
E Assim o Mundo Gira e o brasil se Afunda.